O envelhecimento populacional é um fato. O Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já é o quinto país com maior número de idosos. Até 2050, eles serão 2 bilhões de pessoas em todo mundo. Por isso, a indústria alimentícia tem desenvolvido os produtos sênior. São alimentos pensados especialmente para quem entrou na terceira idade. Além da demanda nutricional, que muda de acordo com a faixa etária, outras necessidades de quem tem mais de 60 anos são observadas.
Os produtos sênior são uma grande oportunidade para a indústria alimentícia. Os números, e o que há por trás deles, mostram isso. A expectativa é que no Brasil vivam mais pessoas com 60 anos do que crianças de até 14 anos em 2050. Ao mesmo tempo, o público sênior, que já é grande, é carente de produtos desenvolvidos para eles. De acordo com pesquisa do Data Popular, 45% dos brasileiros sentem falta de opções para quem tem mais de 70 anos.
Ou seja, há público, mas a oferta ainda é pouca. Para quem pensa em investir nesse nicho, uma boa notícia. Os “novos idosos” tendem a economizar menos do que os mais novos, dão preferência à qualidade e têm como prioridade aproveitar a vida. Estão mais jovens do que nunca! Têm suas especificidades, próprias da idades, mas seguem mudando muito. É fundamental saber quem são, onde e como vivem, além do que comem para ter sucesso com os produtos sênior.
Assim, é preciso saber quem é esse público, que mudou muito nas últimas décadas. Essa será uma das vertentes que vamos mostrar nesse artigo, assim como as características mais importantes em um produto sênior. Fique com a gente.
Nutrientes adequados à faixa etária nos produtos sênior
É sine qua non pensar na composição dos alimentos sênior. O público dessa faixa etária tem necessidades nutricionais específicas. Em entrevista sobre nutrientes essenciais para saúde do idoso ao G1, a nutricionista Gisele Morais Prucoli explica que é importante que quem tem 60 anos ou mais consuma substâncias que dêem mais disposição para as tarefas cotidianas, ajudem a manter a massa magra e previnam doenças como câncer, Alzheimer e Parkinson. Ela cita como principais nutrientes fundamentais para quem tem mais de 60 anos:
- Fibras
- Ômega 3
- Cálcio
- Probióticos
- Vitaminas do Complexo B
- Zinco
- Ferro
Alimentos atrativos para a terceira idade
A partir dos 60 anos, a capacidade de sentir sabor e cheiro diminui. Por isso, o apetite de muitos idosos diminui. Dessa forma, eles podem se alimentar com menos nutrientes do que o necessário. Assim, a indústria alimentícia que desenvolve produtos da linha sênior deve pensar em como tornar a comida mais atrativa.
O público sênior também se alimenta motivado por fatores emocionais. Assim como em todas as outras fases da vida, a comida está associada às memórias e aos sentimentos. Inclusive, o site internacional Natural Products Inside chama atenção para o valor afetivo da comida quando fala sobre os produtos sênior.
As pessoas continuam a apreciar o ingrediente afetivo nas refeições. Comer nunca é apenas alimentar o corpo. Embora a percepção de cheiros e gostos diminua por fatores biológicos, a emoção continua a despertar o apetite. Dessa forma, deve-se pensar em produtos atrativos por vários ângulos.
Autonomia com os produtos sênior: público 60+ quer ter liberdade
Segundo matéria do Estadão sobre produtos sênior, os idosos estão preferindo viver sozinhos, querem uma vida com mais liberdade. Para isso, é necessário que a indústria alimentícia faça sua contribuição ao pensar em mecanismos que propiciem a autonomia dos consumidores. As embalagens devem ser cuidadosamente pensadas para facilitar o manuseio, a abertura. Além disso, quem desenvolve produtos sênior deve pensar em tamanho da fonte na embalagem para facilitar a leitura.
Como o público sênior quer ser tratado – cuidados no marketing e atendimento
Segundo o relatório da Euromonitor, e corroborando com tudo que falamos ao longo do artigo, os conceitos sobre envelhecimento estão mudando. De acordo com a instituição, os mais velhos hoje são agnósticos da idade. Ou seja, não acreditam que a idade seja empecilho para viver bem. Eles também estão se cuidando mais e desejam viver novas experiências depois dos 60 anos. O Caderno de Tendências do Sebrae, indica que muitos estão voltando para a faculdade, viajando mais do que na juventude e realizando outros sonhos a partir da sexta década de vida.
Eles querem ser tratados como jovens. E apesar de termos usado nomenclaturas como terceira idade neste texto, eles não gostam muito da nomenclatura.
“Além do termo ‘sênior’, que sugerimos no Caderno anterior, outro que surgiu como definição para essa faixa da população é ‘adulto+’, já que ‘melhor idade’ e ‘terceira idade’ não foram bem aceitos”, recomenda o Sebrae.
Assim, se você for investir nesta tendência, atenção a todas as dicas que mencionamos ao longo do artigo. Além disso, ter engenheiros de alimentos e outros profissionais com expertise na indústria alimentícia é fundamental para ter êxito no desenvolvimento de produtos sênior. A Invista Foods pode te assessorar nesse trabalho, conte com a nossa equipe!