Com a facilidade de acesso à informação, o consumidor de torna cada vez mais questionador e exigente. Matérias falam sobre perigos alimentares e casos de contaminações são noticiados. Nesse contexto, é primordial ser transparente e assegurar aos clientes a qualidade dos produtos que se oferece. Em pesquisa sobre A importância da Segurança dos Alimentos, 90% dos participantes relataram que certificações realizadas por terceiros são muito importantes para qualquer produto vendido no mercado e 82% deles disseram que certificações feitas por entidades respaldadas para tal os faz sentir melhor e mais seguro ao adquirir um produto alimentar. Esses dados foram retirados de pesquisa realizada pela TÜV SÜD, em 2012.
Esses dados reforçam a necessidade de uma empresa se empenhar em adquirir certificações reconhecidas. Por algumas, a certificação ainda é vista como obstáculo e não oportunidade. Mas se passarmos a enxergá-la como ferramenta de gestão eficiente para o crescimento sólido de uma organização, e não como um fim em si, testemunharemos todos os benefícios que ela pode proporcionar.
As certificações, no geral, estabelecem pré-requisitos que ajudam no gerenciamento do próprio negócio, na análise mais eficaz de riscos e na minimização de possíveis impactos. Algumas exigências, como as apresentadas abaixo, só tem a agregar às empresas processadoras de alimentos:
– Aplicação de condições básicas e atividades necessárias para um ambiente higiênico.
– Implementação de uma ferramenta de avaliação de perigos significativos e implementação de medidas de controle eficazes.
– Estabelecimento de ferramentas de comunicação que permitam uma interação rápida e eficiente com a cadeia produtiva, os consumidores e qualquer outra parte interessada.
– Aplicação de princípios que permitam a melhora contínua dos processos e produtos.
Outro apontamento interessante sobre as certificações é que, nem sempre, elas exigem investimentos tão altos quanto muitos empresários acreditam ser necessário. Se em alguns casos é preciso investir em adequações de infraestrutura ou soluções tecnológicas, muitas vezes, empenho, disciplina e criatividade são suficientes para solucionar os problemas diagnosticados.
Um bom auditor interno, capaz de desenvolver um processo de certificação bem-sucedido, deve se atentar à seguintes questões:
– Compreender bem os critérios que serão auditados – ninguém melhor do que quem está familiarizado com as atividades para saber como ela realmente é feita e o que pode ser agregado à operação.
– Estabeleça regras e procedimentos realistas –soluções muito complexas nem são, necessariamente, as mais eficazes. O sucesso pode estar na simplicidade.
– Registrar as falhas é importante para criar meios que possibilitem que elas não se repitam.
Todas essas questões, serão tratadas no curso de Formação em Auditor Interno FSSC22000. Caso tenha interesse em participar, clique aqui.
A FSSC22000 é um esquema de certificação completo, reconhecido pela GFSI. É um dos mais presentes no Brasil e representa mais de 14 mil certificados em todo o mundo. Uma das grandes vantagens do FSSC22000 é que seu ciclo de certificação é de 3 anos, enquanto outras possuem ciclo anual. Isso significado que o certificado expira a cada três anos. A empresa deve realizar 01 auditoria de certificação e 02 auditorias anuais de manutenção de certificado. Nos casos dos ciclos de 01 ano, todos os requisitos são auditados novamente a cada ano.